Letra de 'Furia' de A Banca Records

[Nabrisa]
Eu nunca quis pensar no que eu ia escrever
Não sei se é certo, se é errado o que eu vou escrever
Mesmo sabendo o peso que minhas palavras tem
Eu sei, se eu não fosse ninguém, nada te importaria o que eu ia dizer
Eu quis me jogar, você disse não!
Em meu coração
Tudo foi em vão
Só que não, filha hoje não
Levanta do chão, segura minha mão
Sou eu que decido, quando é a hora do caixão
Pai, tudo bem! Então faz assim
Me livra de mim, me tira daqui
Me leve tão alto até que eu não consiga ouvir toda a hipocrisia dessa gente fria
Que não sabe o que é perdão
Não, só prospera aqui quem persiste aqui
Mas quem sou eu pra te dizer o que é certo ou errado
Se quase todos os pecados eu já cometi
Não, nós não precisa ser branco, nem preto, nem pardo
Pra te dizer que nós merece a porra do respeito
Aqui segue a lei, é só respeitar pra ser respeitado
Leva algo, corrente, leva o que não tem raíz
Se o bem não te importa, até o mal te contradiz

[Morcego]
Parem, fúria, rezem, fuga, foda é a pista
Esquinas iludem, não existem reis
Vida chama e a morte ta na mira
Vida suicida, nós somos a lei

[Da Paz]
Parem, fúria quando os cana sobe a rua
Com o fuzil na empunhadura
Deixa rastro de sangue pra trás
E os mano na favela preparado pra morrer
E a mãe, manda o filho pra escola
Pede bença, porque no morro bala perdida tem endereço
É que de dar o papo reto eu não corro
E por causa de burguês safado
Nosso povo que paga o preço
Depois dessa, vão botar minha cabeça a prêmio
Ceis até tentam, mas não sabem do meu desempenho
Eu sou um rei morto, reencarnado há mais de 3 milênio
A diferença é que você tá nessa pelo prêmio
Entendeu ou prefere que eu desenhe
Sei que quando escuta, tuas perna treme
Se bater de frente e passar perrengue
A banca segue foda, dona desse game

[Romão]
Vida me chama, eu atendo
Mas nem me rendo
E pretendo levar tudo que ela tem pra me dar
Favelado, desde o inicio
Rap se tornou meu vício
Mais que a droga que os amigo consegue se viciar
Rap é muita bala, pique Síria
Sou do Jaca, não da Líbia
Preto, não de libra
Leonino, dessa selva eu sou dono
Por isso, não tente roubar meu trono
CZN minha gang, acho que tô conquistando
A vida desce e sobe, não se locomove
Quem tem visão, vai subir com os trap ou love
Mas eu solto o peso, quando o AZ solta o beat
Aí ceis solta o preso e nóis só solta hit
Só remetente é bala é o remetente
Cara o pouco faz a boca que não cala
E ceis tão com calo por me ver subir
E eu nem comecei, mas me assite daí, fé

[Morcego]
Parem, fúria, rezem, fuga, foda é a pista
Esquinas do Rio, não existem reis
Vida chama e a morte ta na mira
Vida suicida, nós somos a lei

[Antenor]
Comemora acendendo a vela
Pela, ta me assistindo na tua tela
Reza, pra não ser jogado na panela
Fela, da próxima não vai ter conversa
Conheço os manos que apostam na fé
Perdi amigos que almejam ser reis
Respeito muito quem se mantém de pé
Graças a eles hoje eu me consagrei
A meta é viver bem, não é viver pra sempre
Tu passa pano, eu não sinto pena
Tu sente ódio, eu passo por cima
Não vou negar que são só negócios
Primo, mas se tu quis entrar, então sustenta

[John]
O que você faz pela vida e prosperidade dos seus iguais
O que você faz pra acrescentar na cabeça dos seus manos
Não nos pouparam
E quando chegamos no topo
Nos derrubaram feito Marielle
[?]
Não se tem expectativa
E mais que ver o progresso dos nossos de nike e adidas
Eu quero todos ricos com vida
Depois dos 30, não mente, não minta
E, olha quanto tempo passou
Observe se ganhamos espaço
Repare na cor do seu professor, do seu médico, advogado
Fazendo com que pretos no poder seja coisa cada vez menos rara
Encher a pista de sessões escuras
Pois como diz Arnaldo a porra da regra é clara, fé