Letra de 'Oropa, França e Bahia' de Alceu Valença

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Num sobradão arruinado
Tristonho, mal-assombrado
Que dava fundos pra terra
Pra ver marujo tiruliruliru
Quando vão pra guerra
E dava frente pro mar
Pra ver marujo tiruliruliru
A desembarcar

Morava Manuel Furtado
Português apatacado
Com Maria de Alencar!

Maria, era uma cafuza
Cheia de grandes feitiços
Ah! Os seus braços roliços
Ah! Os seus peitos maciços
Faziam Manuel babar

E a vida de Manuel
Que louco alguém o dizia
Era vigiar da janelas
Toda noite e todo o dia
As naus que ao longe passavam
De: Oropa, França e Bahia

— Me dá uma nau daquelas
Lhe suplicava Maria
— Estás idiota, Maria
Essas naus foram vintenas
Que eu herdei de minha tia!
E por todo o ouro do mundo
Eu jamais a trocaria!

Dou-te tudo que quiseres
Dou-te xale de Tonquim!
Dou-te uma saia bordada!
Dou-te leque de marfim!
Queijos da Serra Estrela
Perfumes de benjoim

Nada
A mulata só queria
Que seu Manuel lhe desse
Uma nauzinha daquelas
Inda a mais pichititinha
Pra ela ir ver essas terras
De Oropa, França e Bahia

— Ó Maria, hoje nós temos
Vinhos da quinta do Aguirre
Uma queijadas de Sintra
Só pra tu te distraire
Deste pensamento ruim
— Seu Manuel, isso é besteira!
Eu prefiro é macaxeira
Com galinha de oxinxim!

Ó Lua que alumias
Esse mundo de meu Deus
Alumia a mim também
Que ando fora dos meus
Ó Lua que alumias
Esse mundo de meu Deus
Alumia a mim também
Que ando fora dos meus
Cantava Seu Manuel
Espantando os males seus

Eu sou mulata dengosa
Linda, faceira, mimosa
Qual outras brancas não são
Eu sou mulata dengosa
Linda, faceira, mimosa
Qual outras brancas não são
Cantava forte Maria
Pisando fubá de milho
Lentamente no pilão

E numa noite de luar
Que estava mesmo taful
Mais de 400 naus
Surgiram vindas do Sul
Ah! Seu Manuel, isso chega
Danou-se de escada abaixo
Se atirou no mar azul

Onde vais mulhé?
Vou me daná no carrosé!
Tu não vais, mulhé
Mulhé, você não vai lá

Maria atirou-se n'água
Seu Manuel seguiu atrás
Quero a mais pichititinha!
Raios te partam, Maria!
Essas naus são meus tesouros
Ganhou-as matando mouros
O marido de minha tia!
Vêm dos confins do mundo
De Oropa, França e Bahia

Nadavam de mar em fora
(Manuel atrás de Maria!)
Passou-se uma hora, outra hora
E as naus nenhum atingia
Faz-se um silêncio nas águas
Cadê Manuel e Maria?

De madrugada, na praia
Dois corpos o mar lambia
Seu Manuel era um Boi Morto
Maria, uma Cotovia!

E as naus de Manuel Furtado
Herança de sua tia?

Continuam mar em fora
Navegando noite e dia
Caminhando pra Pasárgada
Para o reino da Poesia!
Herdou-as Manuel Bandeira
Que, ante a minha choradeira
Me deu a menor que havia!

As eternas naus do Sonho
De Oropa, França e Bahia

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