Letra de 'Amapola Negra' de Andrés Calamaro
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Eres filo de navaja que me abre
Eres hoja de cuchillo que me parte
Eres flor de nieve amarga
Eres negra amapola blanca
Y te meces halagada con el viento
Pero marchitas delicada si te tiento
Eres flor de nieve amarga
Eres negra amapola blanca
Por las venas de tu carne vegetal
Corre un veneno caro, dulce y sin igual
Me arrastraría de dejarme yo llevar
Temprano a tu tumba, a un certero mal final
Mas tú nunca beberás de mi saliva
Ni tu cáliz cobrará jamás mi vida
Eres flor de nieve amarga
Eres negra amapola blanca
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