Letra de 'Amor de Mãe, Nasce da Alma' de Depoimento Ocular

Não foi sua dor que comoveu, nem o corte no seu corpo
Foi teu sorriso após ter dado a luz à um feto quase morto
Com câncer no sangue que limita a medicina
Amor de mãe, Jesus versus leucemia

Quem pode te ajudar
Só o Deus que a ti possa entender
Que não é vingança que você quer, mãe
Só ver o filho viver, correr bater bola com os pivete no campo
E não perder dia de aula pra ser cobaia da Unicamp

Sei que o homem é falho em tudo que promove
Se fuzila por vaidade, a senhora quieta sofre
Junto com esse pedaço que 9 meses carregou
No ventre um bastardo que um pai cu, rejeitou

Por duas puta de 20 que por 10 cobiçava
Trepar sem camisinha e numa dessas abortava
Mas não, você foi mãe, é quente eu tô lado a lado
To na dor, no amor, independente do passado

Quem sabe a força e a fé no peito do mal conquiste o amor
Que a medula tão sonhada um dia apareça um doador
Mas se a morte a de vim mãe não tenha como erro
Faça do fim da minha vida, base pra um novo recomeço

Não foi sua dor que comoveu, nem o corte no seu corpo
Foi teu sorriso após ter dado a luz à um feto quase morto
Com câncer no sangue que limita a medicina
Amor de mãe, Jesus versus leucemia

Sei que é difícil entender mas mãe, tente aceitar
Pue a missão desse seu filho é dar exemplo pra uma pá
De canalha que não se importa com a dor do semelhante
Pisoteia uma bela rosa até da alma arranca sangue
Apesar de tudo que o anticristo nos negou
O que faz valer minha passagem nesse mundo é seu amor
No leito frio seu colo, seu beijo na minha face
Sua trilha de guerreira é meu colete anti covarde

Que busca status com agonia de mães igual à ti
Que se precisa entrega a vida a quem me fazer sorrir
Pois teu olhar me diz que é como uma facada
Passar gases na minha perna enquanto meu sangue vira água

Se sentir algemada no desejo de trocar
20 anos da sua vida à quem minha cura possa dar.
Quem sabe um amigo, ou se pá um desconhecido
Talvez um anjo de Deus que tenha o sangue compatível
E o peito cinzento que o ateu carbonizou
Reviva a compaixão e insemine uma nova flor.
Pois sei que meu tempo é pouco e dentro dele eu busco a luz e
E o inimigo do meu sangue é lixo a quem tem Jesus

Não foi sua dor que comoveu, nem o corte no teu corpo
Foi teu sorriso após ter dado a luz à um feto quase morto
Com câncer no sangue que limita a medicina, amor de mãe
Jesus versus leucemia

Que não me faz temer perder a guerra pro inimigo
Foi conhecer pessoalmente no meu sonho Jesus cristo
Que apertava minha mão com semblante da paz
A qual o homem não conhece e talvez seja incapaz

A chaga da minha pele com humildade, beijou
E o dom da vida novamente na minha boca soprou
Só mesmo o primogênito, o filho do rei
Pro inimigo que mata, do meu sangue se render

Pois não clonei em vão, em nome de Deus não é brincadeira
Diante dos pés desse rei até o demônio se ajoelha
No seu manto eu busco teu sangue versus minha aceitação
Consolo pra dor do meu espinho

Que além da minha carne enferma, consome a minha mãe
E é por ela Jesus que eu peço que me perdoe
Mas se és da sua bondade me resgatar dessa cela
Que o homem chama de mundo, peço que conforte a ela

E de continuidade na inseminação do amor
Mas não como clonagem que o anticristo criou
Faleço na minha carne, dentro da minha missão
Que é do pó ao Eden a ver a ressurreição