Letra de 'Além Das Frentes' de Eugenio Leandro
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Zé de Pedro lá na frente deu trabalho
Pra esmurrar ponta de foice, seu baralho
E chafurdança danada, na estrada
Por causa de um torrão morto
É la na frente que anda
Mula de sete cabeças
Entra segunta e sai terça
Na esteira do semanário
Pois nesse triste calvário
De alguidar sem comida
No parco pão dessa lida
Nenhuma vida resolve
O jeito que Zé de Pedro arranjou
Foi plantar flor no verão de manhã
Já que na frente cavada
Não cresce um pé de algodão
Já que em terra de um só dono
Não dá um pé de feijão
Na frente de seus abusos tão antiga
Só uma luz sempre cora o coração
Se o Sol faz tempo quente
Quem fere as costas é o facão
Se o Sol faz tempo quente
Quem queima o bucho é o bolsão
Se o Sol faz tempo quente
Quem corta a vida é o patrão
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