Letra de 'Atentos (part. DAMANI VAN DUNEM e Verbal Uzula)' de Hernani da Silva

Atentos
Atentos
Atentos
Atentos
Nós somos a voz, viemos todos fazer melhor (let's go)
O que tá atrás ficou, e como somos capazes o que vem é melhor

Back in the days when I was young I'm not a kid anymore
But some days I sit and wish I was a kid again
Mas infelizmente não tive a mesma sorte que o Peter Pan
A sociedade já desfrutou do boy, now they need the man
E quando cresces custa ignorar a pain, kid
Pior quando os tempos mudam, e é same shit
Mais anos de injustiça no game, eles riscam o teu name
Por seres um nigga com brains
E isso para eles é um dos piores terrores no mundo
Pois acostumaram-se a sempre serem superiores em tudo
Criaram regras de ouro, so we could never win those
Nos formataram mas descobrimos novas windows
Agora a cada dia que passa o progresso, boy, é incrível
Há mais negros a assumirem papéis de alto nível
E com as mesmas conditions, algo que antes era inadmissível
A história está a ser escrita, e não me digas que não é legível
Black excellence, se liga mano, é nóis
Graças a Deus mas diferente dele já temos voz
E os frutos mostram que podemos ir ainda mais longe
Basta mais comunição, confiança e apoio entre nós
Antes procurávamos soluções e apanhavamos um branco
E quando não apanhávamos um branco, apanhavamos um branco
Mas felizmente agora é hora de pôr o preto no branco
Nos testem que não existirão respostas em branco

Ayo, o meu nome é africano, bem antes dos afrikaners
Do tempo em que reinos e califados prosperavam
Inconformado com o estado das
Coisas vim convocar-vos pra o retorno à glória
Tirar do pause o filme que realizámos
Bwe vestígios da grandeza apagados da história
Usurpados outrora, adonados agora
Sim, eu sou a lufada de ar fresco, pra iluminar os atentos e quanto aos outros todos no limbo, get out
A saída pra mim é a posse
São os direitos exclusivos e controlo sobre pro-priedade
E já que eu faço arte (yeah)
Comecemos com o facto de termos de registar as nossas obras
Combustível é de quem? Chocolate é de quem?
Se é produzido lá fora e condiciona outros bens
Quando retornam à fonte e com outros preços também
Somos obrigados a comprar, sem benefício pra nenhum africano
Ninguém te vem ajudar, que isso fique claro
É só pra reafirmar e controlar os danos
Por isso manos
Nutrição e desporto são a cura pra este estado sintomático
Autoconhecimento, amor próprio
Sacrifício, ya, por nós topo
São mais 3 dicas pra guiar o povo
Pra se ganhar sempre há que se saber o jogo (dos tronos)

Não estou agarrado ao passado
Só quero fazer um click na tua mente
Que fique patente, verdade não ofende
Quero os meus a ir para frente, Justiça para gente
Igualdade emergente, oportunidade de fazer diferente bro fica atento

Continuamos a bandar no mesmo erro
Giramos e voltamos a gritar o mesmo berro
A usar a força para forjar o mesmo ferro
Do mesmo lugar para um lugar que nem aterro

Originários com culturas milenares
Agora reféns do terço com posturas criminais

Broda puxa broda para baixo, ninguém desenvolve
Broda puxa broda para cima, assim se resolve
E o aquilo que se consegue a bem ninguém remove
Temos o orgulho e a garra só falta love

Olha só para nós, olha bem para eles
Ergue a tua voz, até tesar os pelos

Se não formos nós, para nós quem fará
Continuam a nos sugar e nós a Deus dará
Não é retaliação por isso alto lá
Não como fizeram quando vieram do alto mar, porque
Se for a força, da forca não escapará ninguém
E se não for agora, a hora não chegará a ninguém

Não somos ovelhas nós somos leões
A juba que carrego não vale cifrões
Planta uma árvore tira do monte a cruz
Broda, acorda e vê no horizonte a luz

Como é que o opressor e o oprimido encontram o conforto no mesmo livro?
Precisamos do resgate da espiri-tualidade
Invocar os ancestrais, a africanidade