Letra de 'Neguinha da Janela' de João Luiz Corrêa

Olha a neguinha que eu bicava na janela
O zóio dela me procura sem parar
Em seguidita, me resolvo e pealo a chiba
Me vou pra riba, nem o diabo pra atacar

Nunca me esqueço tudo o que a nega fazia
Até gemia quando ia me beija
Bica que bica, essa neguinha não se cansa
E só descansa bem depois do Sol raiar

Deixa que venha essa neguinha chegadeira
Sou bagaceira, doutorado em retouço
E dá-lhe beiço, me judia nos pelego'
Me tapa de achego das viria' até o pescoço

Deixa que venha essa neguinha chegadeira
Sou bagaceira, doutorado em retouço
E dá-lhe beiço, me judia nos pelego'
Me tapa de achego das viria' até o pescoço

Esse perfume que ela bota no congote
É pra frangote pular grande que nem eu
Nesse chamego, a neguinha nunca faia'
Bota cangaia' no roceiro mais ateu

Tinha pedido ao nego do pastoreio
Botasse freio na quentura dessa nega
Mas me engatei nessa neguinha da janela
Pois foi por ela que larguei de uma galega

Deixa que venha essa neguinha chegadeira
Sou bagaceira, doutorado em retouço
E dá-lhe beiço, me judia nos pelego'
Me tapa de achego das viria' até o pescoço

Deixa que venha essa neguinha chegadeira
Sou bagaceira, doutorado em retouço
E dá-lhe beiço, me judia nos pelego'
Me tapa de achego das viria' até o pescoço

Deixa que venha essa neguinha chegadeira
Sou bagaceira, doutorado em retouço
E dá-lhe beiço, me judia nos pelego'
Me tapa de achego das viria' até o pescoço

Deixa que venha essa neguinha chegadeira
Sou bagaceira, doutorado em retouço
E dá-lhe beiço, me judia nos pelego'
Me tapa de achego das viria' até o pescoço