Letra de 'Bairros Cidades Estrelas Constelações' de Mzuri Sana

Bairros, cidades, estrelas, constelações
Homens, mulheres, segredos, imperfeições

As cartas tão na mesa, com certeza
Meu passo não será dado só por um instinto
Parece fácil, mas se torna complicado
Achar saída é como um labirinto
De quatro elementos, foi criado o quinto
Pensando e agindo com inteligência
Em um sistema onde muitos só vivem de aparências
Consciência aflorando na selva de trama
MSana jogando o álcool que inflama na chama
Para mantê-la acesa
Vejo a esperteza de dragões dentro do jogo
Só usando as presas
Inteligência emocional se transformando em artificial
Num mundo mais virtual que a fantasia, afinal

Bairros, cidades, estrelas, constelações
Homens, mulheres, segredos, imperfeições

Rimas de todas as cores
Outros planetas, eu visito num segundo
Esse mundo onde penso e logo existo
É só o começo de algo maior
MCs da minha liga usam martelo como mic, Thor
Super-poderes para sobreviver na grande cidade
Onde portões parecem grades
Vejo manos covardes, ouço vozes ferozes
Sonhos se quebram como nozes
Mas o sol que me acompanha pela rua pede calma e foco
Eu só lhe toco por termos algo em comum
Codinome Parteum, eu jogo limpo, aperte o cinto
Se prepare pra entender onde é que o mundo acaba
Abracadabra, vez em quando, a mágica não acontece
Quero flores no deserto, chuva no agreste
Quero paz entre vogais e consoantes
Nunca um falso militante, memória de elefante
Nesse jogo que circula vitória, faz só sua glória de ser MC
De produzir, pra no palco subir
Poder fluir, como ondas positivas mudam o clima
Eu ando acima dos olhares que secam o meu caminho
Estranho no ninho, estilo Jack Nicholson

Bairros, cidades, estrelas, constelações
Homens, mulheres, segredos, imperfeições

Pós-guerra, silêncio por toda a esfera
O jogo ferra, mas quem sabe, não espera
Msana treme-terra
Trago inovação e gana pra esse plano
Faço história nos meus dias dentro desse plano (e aê)
Eu penso e tento fazer um plano diferente, consciente
Que traz simplicidade ao planeta Terra
O ser que odeia o que não entende, nessa terra, erra
Os pensamentos de luxúria se transformam em guerra
Eu não vou perder, eu não vou ceder
Minha existência é controlada por um nobre poder
Eu alimento a mente, esquento o coração
Meus pensamentos vão além dessa jurisdição
Eu não me engano
Sei que o juiz dos próprios atos é
Você mesmo e não a sociedade
A criação e destruição aqui na Terra se conjugam com a humanidade

Bairros, cidades, estrelas, constelações
Homens, mulheres, segredos, imperfeições