Letra de ' Kronicas de G'z ' de Marcosbest

Kronicas de G’z

Ela é linda sim, mas só com batom e verniz
Com aquele perfume tipo anays
Eu sou o cão que foge de canis
E é por isso que me odeiam tanto neste pais
Mas nada era diferente se fosse em Paris
Porque onde quer que eu vá ando sem raiz
Aqui escrevi Kronicas de G’z
Não me confundas pataqueiro eu não pertenço aos mc’s
Porque o meu Rap é muito mais que homens Viris
Mas também gosto de microfones scratch e vinis
Não me chateies e dá-me um copo de licor de anis
Para esquecer os inimigos que estão nos covis
Para esquecer as multidões que não são gentis
Olha para mim será que vês a cicatriz?
Levei socos na cara pontapés nos rins
A noite vejo facas balas bisturis
Eu não morri foi por um tris
Tudo o que quis foi ser feliz
E o que fiz nem sempre foi o que se diz
Tu és juiz? Desapareçam imbecis
Eu estou farto de imbecis que dizem não e dizem sins
Põem princípios e fins
Na minha vida eu é que ponho os pontos nos is
Porque é que olhas para mim piscas e sorris
Mesmo sabendo que eu não estou feliz
Que eu vou num sopro tipo pó de giz
Que nunca enxergo a paz debaixo do meu nariz
Ainda assim tu vens beijas e pedes bis
Porque ela gostam de curtir com a cara dos G’z
Mas elas ficam sempre com os playmobys!

Anos é tudo dogs G’z…
Kronicas de G’z

Já procurei perdido sem uma directriz
Vasculhei a terra de lés a lés até os seus confins
Corria a pé ou ia de carris
Afoguei me numa rua com álcool e cannabis
Odeio a policia como se fossem nazis
Vi gangstas que remexem o quadris
Conheço ladrões que só furtam bmx
Já disseram que me amavam com sorriso e actriz
Nada disso me fez feliz, nada disto me põe feliz
O diabo move se com passos subtis
Carinha de donzela astúcia de meretriz
O universo é infinito, sou um simples aprendiz
Cuspi no professor rasguei a matriz
Tantas noites passei deitado em bancos de jardins
Vagueie por Alfama, Bairro alto e Martim Moniz
Estou condenado a lidar com pessoas vis
Preciso lavar a alma num chafariz
Tirar o cheiro entranhado a botequins
Putos ingénuos vêem isto como um chamariz
Fama é a rainha dos desejos juvenis
Esquece, a minha life é um teatro sem camarins
Não te iludas por tv, dinheiro, coisas ruins
São capazes de violar direitos civis
Roubam te tudo devolvem te palavras hostis
Eu estou cansado mas uma voz me diz
Filho, tenho um lugar para ti com os Querubins
Deixa essas guerras, muda de caris
A tua vida vale mais que ouro e rubis!
A tua vida vale mais que ouro e rubis!