Confesso é uma música de Cria cuja letra tem inúmeras buscas, por isso decidimos que ela merece seu lugar neste site, junto com muitas outras letras de músicas que os internautas desejam conhecer.
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Rodolfino (Rodolfo)
Eu vivo na vala, fumando meu hasha...
Degusto tabaco, foda-se a carcaça...
De olho nos safado e nas gostosa da praça...
Não importa o que cê faça, é o bloco da fumaça...
Os verme embaça, as mina aqui passa...
Roupa decotada, pra taca na cara...
Meu olhar sempre fundo, nunca me disfarça...
Vivendo minha vida, não te importa o que eu faço...
Busco o nirvana, me esquivo de Mara...
Trava a fala, pra não da pala...
Para com essa tara, de fala por traz da cara, se cala ou encara...
Que eu vou fazer no meu tempo, lento e tranqüilo...
Inicio o raciocínio, Rodolfino aperta o fino...
Planejo a missão do kilo, fbk desde de menino...
Rimo rindo, pros otarios que queriam acabar comigo...
Corpo doente e franzino, no auto falante Chino...
Com a gata cheia de mimo, de havaianas, o andarilho...
Nem vem pra bater de frente, que teu barco vai afundar...
Não questione a divindade, comece a se questionar...
Se é cada um no seu lugar, então, me deixe quieto no bar...
Me deixe poder enxergar, to em busca de um bom lugar...
Paciência de um monge, arsenal de Bagdá...
Comedia inrustido, sempre tem pra criticar...
Antes de apontar, leve em conta o ambiente, lugar...
Foda-se o que se pensa e o que se deixa de pensar...
Parazita (Ihago):
Então fala pra geral que eu cheguei...
Sem disse me disse, só senta e assiste...
Os mulekes vão virar reis...
Eu falei, não to pra reclamar do passado...
Meu passatempo é tentar ser mais do que outro no estado...
Largado mermo, correndo contra o sistema ilusório...
Falatório, quer te transformar em outro acessório...
Notório, boné pra trás, de camiseta...
Irreconhecível, indescritível,o impossível nós faz com a caneta...
Vou, no estilo cometa, vivendo conforme a batida...
Rap underground tem quem não aprova e aplaude os menino que tão na corrida...
Vida sofrida, mas nunca desisto, persiste, e registro quem fala demais...
Eu calo a boca de quem tenta Calar os meus ideais...
Tem gente que vive o presente...
Tem gente que vive da gente...
Varias serpentes...
Falando e sugando sua mente cansada e doente...
Sou mais um fazendo repente, eu to um bolado e contente...
Fala bastante de mim, que ainda tu me vê na frente...
Eu to vivendo e morrendo ao mesmo tempo...
Eu to sofrendo e aprendendo com o julgamento...
Rapá, O bagulho é louco e processo é lento...
E leva tempo pra sacar que a revolução vem de dentro...
Rodolfino:
Perdido na loucura, descalço na rua...
Só os amigo me atura, os verdadeiro nunca fura...
Tamo junto até na dura, Miyagui de viatura...
Noticia pra boca burra, uns tabaco, uns erva pura...
Enxergo mais de vista funda, país de miséria e bunda...
Brasil, RJ, Baixada, metrópole de golpe e puta...
Tentando manter a conduta, sem se importa com a postura...
Sei que a liberdade é a cura, pra essa nossa vida impura...
Batem pra ver qual é, se me agüento de pé...
Fechadão com a rale, sempre elevo minha fé...
Pra você mais um qualquer, pros parceiro eu sou o "TADIM"...
Magrim, sem dindin, usuario de...
Faço do meu canto um planeta, bolado acendo um careta...
Arte com papel e caneta, neurônios, cabeça feita...
Eu sou o que sou parceiro, não o que querem que eu seja...
Bermuda sem camiseta, fé sem religião, sem seita...
Parasita
Eu vi, que nego colhe as sementes que a gente planta...
A gente escolhe os amigos mais não adianta...
Tem quem só corre, e não socorre quando o coro canta...
E aí que a gente vê, com quem divide a manta...
Eu to subindo as calçadas com cautela...
Sempre ligado na escolta, se não nego te atropela...
De skate, eu to naquela...
Já nem vejo mais perigo...
Com os amigos, inibidos...
Eu só viso, pichando as vielas...
Vem, o sol pintado em aquarela...
Da minha janela eu vejo...
Não almejo, as noites a luz de vela...
Ta na cela o meu desejo...
As minas chei de molejo...
Eu sou o mesmo, só que hoje eu to mais seqüela...
Eu vejo aquela, idéia perdida no tempo...
Só lamento, que hoje prefiram as novelas...
A vida é bela, é só tu escutar o vento...
Eu não invento, só digo o que é do agrado delas...
Eu to na cola das donzelas...
To correndo as cadelas...
E na marola dos mulekes não fecha panela...
Eu conto só com uma parcela...
Tamo rejeitando os pelas...
Se fechar fechou, na treta não pode dar trela.
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