Letra de 'Faroleiro' de Dillaz

Tenta muito e fala pouco
Desvia-te daquele que ataca
Larga a vingança e o troco
Procura uma vida pacata (vida pacata)
Vende velho e paga novo

Mas paga a dívida na data (oh shit)
Tira a ganância do bolso
Mete a arrogância na saca (ya)

Desde cedo tava enviesado
Eu era um peixe no camaroeiro
Não pedi nada, boy, eu vim a nado
Quem me iluminava era o faroleiro

Mandar cumprimentos a quem o faz
E a todo o brother que foi pioneiro
Avisa o burro do teu capataz
Ele é uma peça no meu bengaleiro

Wow, fala o que quiseres, pa nós não há pai
Chegas a encontrar maconha na dispensa
A chavala pensa que namora um faray (yo-yo)

A pergunta frequente é quando é que ele sai
Alguns dos mais velhos que tavam em cana
Mentiam, diziam que tavam no Havai (tavam no Havai)

E quantos pagavam pa ver a casota a cair, então
Então, diz lá quanto é que davas pela cabeça do bicho-papão

Eu nunca quis ser reconhecido após a batalha
Mas se é pa subir que é pa me aplaudires e agarrar a medalha
Boy, eu quero a de latão

Pera, pera, para, para a carripana
Quem duvida que isto aqui é dom?
Eu fiz a dica porque tinha gana
Ninguém me disse que isto é que era bom
Quando me imaginavas perdido em percalço
Eu tava perdido nas ilhas
Se eu fosse à tua casa, eu entrava descalço
Pa não sujar as sapatilhas

Só boatos (só boatos)
É só mania (é só mania)
E pela razão de eu acordar à noite
É que eu não te digo: Bom dia
E memo à distância como hora de ponta
Nunca me faltou pontaria
Eu tenho andado praa te perguntar
Qual é a tua ganadaria, ah

Toma nota (quantos pagavam pa ver a casota a cair, então?)
E quantos tu chamas de brother
Mas que ao fim ao cabo não são?
Eu já atirei muita gamba pó gambozino
Mas quem se aproveita, começa a ficar com boca de sino
E só vê passar o borrão

E desta já não me entalo
Eu trago-te a mala e os reféns
My man, eu só quero que te vás
Nunca me interessou para o que vens
Da próxima vez, eu não falo

Eu não digo nada, eu solto os cães
Pra quê que tu queres óculos escuros
Com essa sobrancelha que tens?

Desde cedo tava enviesado
Eu era um peixe no camaroeiro
Não pedi nada, boy, eu vim a nado
Quem me iluminava era o faroleiro