Letra de 'Chuva' de Giovanni Corrêa

E cai a chuva, cai sem parar
Vem, e trás de volta a leveza do ar
Lava os meus amores
Cura os meu rancores
Acerta meu carma de lá e de cá

E cai a chuva que a gente esperou
Que trás a sensação que o nosso jogo virou
Que ta tudo em paz
E há um novo vem e vai
E quem tá lá no meio já não liga de se molhar mais

E cai a chuva, que dia de sorte
Nos lembra que a vida não é só esperar a morte
Que fora relâmpago
E a gente em pranto
Amanhã o Sol já vem batendo forte

Cai a chuva, caiu tempestade
E esfriou aquela ferida que ainda arde
E a vida segue plena
Naquele mesmo esquema
De que pra acertar em mil a gente aprende errando em centena

E a gente segue em paz
Seca da chuva e vai
Meio molhado com o instinto renovador

Vê que o temor da vida
Que a gente moraliza
Que o vazio mora onde asila a dor

A gente segue em paz
Sua chuva é tu quem faz
E só você escolhe se você se molhou

Se o Sol nasce pra todos
Se a sombra é dos poucos
O céu só fecha se depois fizer calor

É porque a vida é tipo uma tempestade
Quanto mais intensa fica
Mais os pingo que bate arde
A gente quer provar o que é veneno
Atropela o tempo
E sem querer querendo
A gente descobre que é verdade

Que o tempo vem e vai, que as leis não são leais
Que os jornais nem sempre trazem "baseados" em fatos reais
Que a nata trai a tralha e a tralha a nata atrai
E a verdade de quem fica depende da de quem vai

Onde mata um por um e mantem seu reinado
E o cartaz com a foto dele não é o de procurado
Aos guerreiros de ogum que sempre nos orgulharam
Se dizem que é impossível, a gente diz que é necessário

Convoque seu buda porque a gente tá na mira
Dia a dia é o roteiro de uma mente tarantina
Só se puxa o gatilho se jorrar melanina
Com tanta merda que acontece
A gente aduba a nossa vida

E a gente segue em paz
Seca da chuva e vai
Meio molhado com o instinto renovador

Vê que o temor da vida
Que a gente moraliza
Que o vazio mora onde asila a dor

A gente segue em paz
Sua chuva é cê quem faz
E só você escolhe se você se molhou

Não nasce Sol pra todos
E a sombra é dos poucos
O céu só fecha se depois fizer calor

Onde se planta vida, não se rega com guerra
E se o que regou gandhi, regasse toda a terra
Quem não rouba nem herda, não estaria na merda
E a gente aprenderia muito mais
Com o pouco que faz com que a gente erra